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Indaiatuba participa de Seminário Internacional de Boas Práticas em Saúde do Adolescente

Projeto para redução de gravidez na adolescência foi apresentado
29/08/2019 10:02h


Foto: Laís Fernandes RIC/PMI
Indaiatuba participa de Seminário Internacional de Boas Práticas em Saúde do Adolescente

A Prefeitura de Indaiatuba participou na segunda-feira (26) do IX Seminário Internacional de Boas Práticas em Saúde do Adolescente nas Américas e do IV Fórum sobre Planejamento Reprodutivo realizados no Centro Integralidade do IAMSPE, na zona sul da capital. O evento é promovido em parceria com o Instituto Brasileiro de Ação Responsável e com o Programa Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo. Entre os assuntos debatidos no evento estavam: violência e feminicídio, planejamento reprodutivo e cases de sucesso com os Larcs, métodos de contracepção de longa duração reversível. O vice-prefeito de Indaiatuba, Dr. Tulio José Tomass do Couto e o médico ginecologista Dr. José Pedroso Neto apresentaram como case de sucesso os resultados do Programa Indaiatubano para Redução da Gravidez na Adolescência feito em parceria com a empresa Bayer.

O evento visou promover o intercâmbio de experiências exitosas na área de saúde, buscando contribuir para o aprimoramento e o fortalecimento das políticas e serviços de atenção integral à saúde de adolescentes e de mulheres, no Brasil e nas Américas. O Seminário pretende facilitar a interlocução entre governo, profissionais de saúde, academia e sociedade civil, com o objetivo de construir uma agenda de ações propositivas para a promoção e para o fortalecimento da atenção integral à saúde dos adolescentes e das mulheres. “O fato de nos juntarmos para tratar de assuntos tão relevantes é imprescindível. É importante sonhar. O sonho garante que possamos modificar esse País e garantir o SUS, a Constituição, a igualdade e os direitos”, afirmou a coordenadora da Coordenação de Políticas para a Mulher, Albertina Duarte Takiuti.

O evento foi marcado pela presença de importantes nomes como: vereadora da cidade de São Paulo, Adriana Ramalho; Prof. da Unicamp Dr. Luis Bahamondes; Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. José Henrique Germann Ferreira; coordenadora e pesquisadora no Núcleo de Estudos em Políticas Públicas da Unicamp, Dr. Carmen Cecilia de Campos Lavras; Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Dr. Paulo Dimas Mascaretti; Secretaria Municipal da Saúde da Cidade de São Paulo, Sr. Edson Aparecido dos Santos; Conselho Estadual da Condição Feminina, Maria dos Anjos Mesquita Hellmeister; Instituto de Assistência Medica ao Servidor Estadual de São Paulo – IAMSPE, Wilson Pollara; Organização Pan–Americana da Saúde – OPAS/OMS no Brasil, Drª. Haydee Padilla, PhD; Fundo de População das Nações Unidas – UNFPA, Sra. Júnia Valéria Quiroga da Cunha;



RESULTADOS

Programa Indaiatubano para Redução da Gravidez na Adolescência teve início em março de 2018 com a Assinatura do Termo de Cooperação entre a Prefeitura Municipal de Indaiatuba e a empresa Bayer. O objetivo de iniciar a inserção de contraceptivo de longa duração reversível LARC (Long-Acting Reversible Contraception), o DIU hormonal (sistema intrauterino hormonal com levonorgestrel) em adolescentes de 14 a 19 anos.

De acordo com o vice-prefeito, Dr. Túlio José Tomass do Couto, esse projeto é a sensibilização do poder público para o investimento em planejamento familiar. “Quando ofertamos a opção do LARC para adolescentes estamos dando uma oportunidade de qualidade de vida e um futuro melhor, pois estudos apontam que apenas 15% das adolescentes gestantes continuam na escola após a maternidade e 60% das mães adolescentes não estudam ou trabalham e isso leva a desigualdade social, gerando uma cadeia de consequências para as próximas gerações”, explica Dr. Túlio.

Segundo o levantamento em 2017 dos 3.195 partos ocorridos em Indaiatuba, 264 foram de adolescentes, ou seja 8,26%. Embora seja menor que a média do Estado de São Paulo (15,10%) e da RMC (Região Metropolitana de Campinas) (11,28%), a proporção de nascimentos de mães adolescentes ainda é considerada alta quando comparada aos países industrializados, cujas taxas máximas estão em torno de 4 a 5%. De acordo com o Datasus, as principais causas de internação hospitalar entre adolescentes do sexo feminino de 15 a 19 anos é a gravidez, parto e puerpério; correspondendo a 58% das internações.

Com a implantação do Programa Indaiatubano para Redução da Gravidez na Adolescência até o momento foram inseridos 45 dispositivos intrauterinos liberador de levonorgestrel em menos de um ano. “Nós fazemos a busca ativa dessas adolescentes nas Escolas Estaduais, damos palestra sobre o tema e mostramos os benefícios de usar um método de longa duração reversível. Sendo assim em menos de um ano de projeto já alcançamos 17% da nossa média de gestantes adolescentes no ano. Consideramos esse número muito bom, pois muitas das meninas que aderiram ao projeto já possuem um filho”, explica Dr. José Pedroso Neto.

Além do trabalho com as adolescentes o município mantém dentro do planejamento familiar a aplicação dos implantes subdérmicos com foco na população adolescente em vulnerabilidade social, em situação de rua e/ou dependentes químicas. Nesta ocasião foram 28 dispositivos implantados.

  • Redator(es): Laís Fernandes
  • Release N.º: 602

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