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Semana da Consciência Negra reúne arte e música entre os dias 16 a 21 de novembro

A História da África e do Brasil africano são temas frequentes na produção do artista plástico Anderson Vicentini
11/11/2021 12:21h


Foto: Divulgação/RIC-PMI
Semana da Consciência Negra reúne arte e música entre os dias 16 a 21 de novembro

Exposição, jongo e muita música integram a programação da Semana da Consciência Negra, que acontece entre os dias 16 a 21 de novembro no Museu Municipal Antônio Reginaldo Geiss. Todas as atrações têm entrada franca. A realização é da Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com organização do Departamento de Preservação e Memória e apoio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir).

“A Semana da Consciência Negra foi elaborada pela equipe do Departamento de Preservação e Memória e traz diversas atrações que destacam a importância da cultura afro-brasileira e valorizam a cultura africana, profundamente enraizada em nosso país”, destaca a secretária municipal de cultura, Tânia Castanho.

Confira detalhes da programação:

16 de novembro, às 18 horas

Abertura da Exposição A-Frô da Pele, de Anderson Vicentini

A programação tem início na terça-feira (16), com a abertura da Exposição A-Frô da Pele, de Anderson Vicentini, que pode ser conferida pelo público até o dia 21 de novembro. O artista plástico, aliado à causa antirracista, apresenta retratos de homens e mulheres, anônimos ou não, do seu acervo pessoal e de colecionadores. Essas obras, por meio das mais variadas técnicas, procuram trazer a figura do povo preto e de sua importância na construção histórica, política e cultural.

A História da África e do Brasil africano são temas frequentes em sua produção artística, que tem como principal objetivo levar à reflexão sobre a discriminação racial e valorização da diversidade étnica brasileira.

Anderson Vicentini é um artista plástico valinhense formado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu, com especializações em História da Arte (MASP – Museu de Arte de São Paulo), Folclore Brasileiro (Universidade Estadual de Campinas) e pós-graduação em História da África e do Negro no Brasil (CAM/RJ). Além de artista plástico é arte-educador, atividade que realiza em escolas de Campinas desde 2008.

Começou a desenhar e pintar ainda pequeno e traz consigo as recordações das personagens de filmes que desenhava em seus cadernos. Hoje, os retratos são o tema principal de sua produção artística.

Em mais de dez anos de carreira, expôs em várias cidades da região, como Valinhos, Vinhedo, Campinas, Itu, Salto, Sorocaba. Teve também seu trabalho estampado na capa da revista SESC TV e sua obra Shaka Zulu ilustrou capítulos de livros de História Africana.

17 de novembro, das 19h às 20h30

Bonecas Abayomis, de Jociara Souza e Camila Aureliano

Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.

Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navios de pequeno porte que realizavam o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção.

As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘encontro precioso’, em Bantu e Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim.

Jociara Souza e Camila Aureliano tiveram contato com essa cultura e há cincos anos têm a missão de passar os fundamentos para a nova geração, em um bate-papo especialmente preparado para o público de todas as idades.

18 de novembro, das 20h às 21h

Apresentação do Projeto Samba das Águas

Samba das Águas reúne músicas tradicionais e canções do universo sonoro

afro-brasileiro. As canções transitam pelos gêneros do choro, samba e batuques. Quando postas lado a lado, recontam poeticamente possíveis trajetórias negras da diáspora África-Brasil. No repertório, além de cantigas tradicionais, composições de Pixinguinha, Candeia, Geraldo Filme, Roque Ferreira, Romildo, Dona Ivone Lara e Jovelina Perola Negra.

19 de novembro, das 20h às 21h

Apresentação de Samba de Roda

O samba de roda é uma cultura popular, uma manifestação musical, poética Quilombola ou não (a depender da região) praticada por africanos escravizados e seus descendentes. Se tornou parte da cultura brasileira e possui duas variantes principais: o samba chula e o samba corrido.

No primeiro, ninguém samba enquanto os cantores principais estão cantando, seguido dos instrumentos e das palmas. No samba corrido, o canto alterna-se entre o mestre e a resposta coral dos participantes, e a dança acontece junto do canto, com uma sambadeira (ou sambador) por vez.

Nascido e criado em Saubara, na Bahia, Madja fez da região do Recôncavo Baiano um verdadeiro berço cultural, lá aprendeu com sua família o samba de roda. Desde criança, absorveu ensinamentos ancestrais e hoje passa adiante a cultura. Reside em Indaiatuba há oito anos, onde desenvolve trabalhos no meio cultural com o grupo O Samba de Lá para Cá.

20 de novembro, às 15 horas

Aula de Percussão Tambores do Jongo

O jongo é uma manifestação cultural e sua musicalidade é feita por palmas, pelo canto e por dois tambores que representam ancestralidade: o tambu e o candongueiro, enquanto um casal dança com passos marcados.

O Grupo Filhos da Semente surgiu do encontro entre Jociara Souza, pedagoga e filha do mestre jongueiro Tio Juca, de Barra do Piraí (RJ), e Marina Costa, pedagoga e arte-educadora desde 2012.

Nascida em berço cultural, Priscila Ediara é jongueira raiz herdeira do Jongo Semente D'Africa, também de Barra do Piraí, e Filhos da Semente. É integrante ativa da Jovem Liderança Jongueira de São Paulo.

20 de novembro, às 16 horas

Apresentação Jongo do Grupo Filhos da Semente

Filhos da Semente é um grupo de jongo que busca difundir a prática e a história do jongo, uma manifestação afro-brasileira típica do sudeste, que surgiu na época da escravidão do Brasil.

Também conhecida como caxambu, esta manifestação de cultura tradicional é um jogo de responsório (com cantos de dizeres e respostas) cheio de metáforas, estratégia utilizada pelos negros escravizados para negociações de festividades e fugas sem que os donos das fazendas pudessem saber sobre o que se cantava ao som do batuque.

20 de novembro, às 17h

Apresentação da Bateria Classe A

Formada em Indaiatuba em 2001, é composta por 12 a 20 ritmistas, comandados pelo mestre João Paulo.

21 de novembro, às 15 horas

Apresentação do grupo Pintou o Samba

O trio é composto pelo vocalista Rafa Munhoz, Marcelinho Oliveira no cavaco e voz e João Paulo no pandeiro e percussão geral. O repertório é baseado, genuinamente, em samba e pagode. O grupo tem dois CDs gravados com composições exclusivas, com faixas como Quem Mandou Me Beijar e Já Fui Aprendiz, entre outras que já tocaram nas principais rádios de São Paulo e diversos Estados pelo Brasil.

21 de novembro, às 17 horas

Apresentação da Banda Família Alves

Banda composta por Serjão, conhecido como grande regente do samba de raiz em Indaiatuba, com mais de 40 anos de carreira, e seus filhos Júlio e Juliana Alves. Serjão esteve à frente do grupo Nó na Madeira, que mesclava sucessos de Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, entre outros.

Júlio, atualmente com 36 anos, o acompanha desde os 8 anos, tocando cavaquinho. Juliana canta há mais de 20 anos e juntos prometem um repertório eclético, para agradar a diversos gostos musicais.

Esquema vacinal

Seguindo orientação da Resolução 166, de 4 de novembro de 2021, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, para regulamentação de eventos no território estadual, tais como atividades culturais, esportivas e de lazer, deverão ser observados: exigência de comprovação de esquema vacinal completo (duas doses ou dose única), ou pelo menos uma dose da vacina com apresentação de resultado negativo de teste para Covid-19 do tipo PCR, realizado até 48 horas, ou do tipo antígeno, realizado até 24 horas antes da realização do evento.

Menores de 12 anos devem respeitar a obrigatoriedade do uso de máscara e demais protocolos de prevenção à Covid-19. A equipe da Secretaria Municipal de Cultura estará a postos na entrada do evento para conferência dos dados.



Semana da Consciência Negra

Data: 16 a 21 de novembro

Local: Museu Municipal Antônio Reginaldo Geiss

Endereço: Rua Pedro Gonçalves, 477 (Centro)

Entrada franca

  • Redator(es): Fábio Alexandre
  • Release N.º: 1371

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