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Indaiatuba acaba de receber as 2.520 Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) do Ministério da Saúde. A cidade é umas das sete escolhidas dentre os 645 municípios do Estado de São Paulo para aplicar a nova tecnologia para a redução das arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a Dengue, Chikungunya e Zika no Brasil.

A técnica foi desenvolvida pelo pesquisador da Fiocruz - Instituto Leônidas e Maria Deane ILMD do Amazônia, Sérgio Luz. Trata-se da utilização de um balde contendo água, tela e agente saneante. O Aedes aegypti entra na armadilha e, ao entrar em contato com a tela, impregna-se com o agente saneante. Em seguida, ele transporta a substância para outros criadouros em um raio de até 400 metros, eliminando larvas onde pousa. A ação não traz riscos para as pessoas e animais.

A secretária de Saúde, Dra Heloisa Salatino, a diretora da Vigilância em Saúde, Renata Marciano, o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti participaram da reunião em fevereiro, convocada pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS/SP), que contou com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha, do pesquisador da Fiocruz Amazônia, Sérgio Luz e sete municípios paulistas: Campinas, que sediou o encontro, Indaiatuba, Bragança, Hortolândia, Jundiaí, Paulínia, Ribeirão Preto e Santa Bárbara d’Oeste. A iniciativa busca incentivar os gestores locais e população na prevenção às arbovirose.

Os municípios participantes da reunião mapearam os territórios, com apoio dos pesquisadores da Fiocruz, para determinar a quantidade ideal de EDLs necessária para um impacto positivo na prevenção da dengue. “Indaiatuba se sente honrada em fazer parte deste projeto tão importante, principalmente neste momento que o Brasil enfrenta uma situação de aumentos de casos de Dengue. Agradeço toda equipe do controle da Dengue, que vem se desdobrando diariamente para conscientizar a população da importância em fazer a sua parte e cuidar do seu espaço. Somos parte deste seleto grupo de municípios escolhidos para aplicar a nova tecnologia, porque temos profissionais atuantes, que dialogam com as autoridades de saúde estaduais e federais em busca de alternativas para a supressão do mosquito ”, ressaltou a secretária de Saúde, Dra Heloisa Salatino.

Instalação das EDLs

A armadilha está sendo aplicada em Indaiatuba desde janeiro com recursos municipais. Foram instaladas 45 EDls no bairro Jardim João Pioli. As conversas sobre a técnica desenvolvida pela Fiocruz Amazônia iniciaram no ano passado e com o aumento dos casos de transmissão de Dengue, o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti, adaptou o aprendizado para a aplicação no município “Nestes 45 dias aproximadamente da instalação EDls, pudemos notar a diminuição de ovos nas ovitrampas instaladas na região. Isso significa que os mosquitos estão usando as Edls como criadouro vicioso, o que comprova a efetividade do método”, comemorou Bernardinetti.

As 2.520 Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) recebidas do Ministério da Saúde serão instaladas no Jd Morada do Sol: 1300 EDls; Brig. Faria Lima: 170 EDls; Jd California: 580 EDls; Jd. Do Sol: 250 EDls e Jd. Carlos Aldrovandi. As Armadilhas serão monitoradas para acompanhar a supressão de populações de mosquitos Aedes aegypti nas localidades. Uma vez por mês os agentes voltam ao local para manutenção do larvicida.